HOME

PROCURA
Zé Alexanddre

Êta cidade indiferente!
Eu vi na praça um indigente
Engolindo a sola do sapato
Em meio à turba
Que bobagem... Eu, brincando com palavras
Andando pela contramão
Nessa cidade...
Que é totalmente surda


Manhãzinha, o metrô cuspindo gente
Alguém babando à minha frente
Risca o chão, com coisas sem noção
Nada a ver com coisa alguma
E eu procuro a alma gêmea
A claridade que se encontra
E algum lugar dessa cidade
Em meio à bruma

Mas quando eu te encontrar
Você pode estar certa
Vou fazer você se apaixonar
Você não é como a mulher
Que se acha em qualquer lugar
Onde está você?
Há quanto tempo a gente não se vê


Ando pelas ruas
Meus passos teimam
Em andar na contramão
Mas isso não... Não me diz nada...
Quase sempre é esse tédio
Engolindo a sola do sapato e as horas
Da madrugada...


Mas quando eu te encontrar
Você pode estar certa
Vou fazer você se apaixonar
Você não é como a mulher
Que se acha em qualquer lugar
Onde está você?
Há quanto tempo a gente não se vê