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ABOIO DE GRATIDÃO
Zé Alexandre

A vida mandou que a vida, fosse assim vivida:
Do remanso, à lida, e na ferida o corte
Que é boca cantando esse aboio que não é lamúria,
Que não é de morte…
É uma forma de oração, com respeito e gratidão
Meu pai teve três meninos e a todos não faltou
Disse pra “Vô Belarmino”:__ “Quero eles tudo dotô”
Por querência do destino eu dei de ser cantador
O que apontou primeiro, cedo já se diplomou
O segundo veio saindo mestre no computador
E eu nasci nessa embolada, nunca tive professor
Mãezinha desculpe o mau jeito, estou tentando ser direito
Êita mundo mais estreito, que aperta conforme a dor
Que aperta quanto maior a dor…
Pra não dizer que parece que meu canto sabe tudo
Só Deus tem poder de veto, se o meu canto é absurdo
Se é pra dizer baboseira, eu prefiro ficar mudo
O que se aprende na escola, tem relevância vital
Mas entendo que respeito é pedra fundamental
Onde acaba o meu limite, começa o do outro afinal

REFRÃO

Todo homem paga um preço quando abraça profissão
Se tem arrependimento, guiou-se pela razão
Trabalho é com o sentimento que se tem no coração
Deus perdoe meus pecados, porque eu não nasci pra santo
Quando grita a consciência, é à custa de muito pranto
Valei-me Nossa Senhora!! Que me cubra com seu manto

REFRÃO

Mas Deus não quis que a vida fosse incumbida
Em ser favorecida pra nenhum irmão
Eu vou pedir pra minha história ficar na memória
E em todo coração
Que puder parar pra ouvir, que tiver olhos de ver
Que tiver olhos de ver